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terça-feira, 28 de agosto de 2012

no name nothing

Um falso artifício para
expressar uma verdadeira realidade
algo plástico e artístico que me corrói
que impõe a literatura a fluir
um lirismo infernal, como teclas pressionadas
em um catedral gótica
harmonizando com uma sinfonia de um velho filme
um sussuro me diz as sentenças maliciosas
e todo o mecanismo se aciona
tão falsamente expressando uma dor
não merece um título por isso
não há nome para esse poema
tão falso quanto verídico
vive nas brumas dentre a realidade
e as quimeras fantasiosas
do ser energúmeno que as dita
odioso e frenético,
como um ditador do sheol
me ponho a jorrar rios de imundície
águas rotas e sentimentos profundos
obscurecidos como o petróleo
forjado nas profundezas mais antigas
da terra

(Inner J)

In silence i fell sleep
Silently at the gates of my birth
Remembering her voice
Who has forgotten?...Just like never been heard again
It was buried into deep sea of mire
The mud over me was choking my sanity
And it decrease slowly like a lucid dream
A sensation from far behind
From my youth in a game of ball
Now it’s Just spins
No where to flee, no where to rest
Just in madness, laying in my unconsciousness
the pillow of thorns so confortable for me
My anxiety or depression?
What shoud it be?
I’m in the sea, away and lost.
Like a sea of tears
Floating in darkned fantasies

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Os olhos de um mundo

Toda beleza e incerteza,
todo vírus psíquico e cura medicinal.
Nos olhos daquele que quer ver
Eles podem ser tão belos como os seus
Ou falsos como os meus
Doces como os da minha amada
Tristes como de meus inimigos!
Alegres como o do pierrô,
Sábios como o do velho,
Curioso como o da criança,
Sensíveis como o ouvido dos cegos!
Encantadores como o das fadas,
Ou até obscuros como o do assassino
Não importando a magnitude ou da localidade
Sempre há olhos que vêem
E quem diria os mistérios do mundo estão na menina?
Na tua retina guardados com seu próprio afeto

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Machadadas na escuridão

Quem trocou meu coração por um pedaço de chumbo?
Quem trocou minha sensibilidade por um bloco pesado de granito?
Meu amor virou ódio, a compreensão azedou-se em intolerância
O amargor em meu seio corrompe minhas idéias.
Quem colocou em minha mão esse machado?
Que discerne, fere e decompõe?
Onde está o juízo equilibrado e são?
Quem está no controle disto tudo?
Minha sábia orientação manda calar-me
É hora de recolher-me para as trevas
De estampar uma placa de ausente
Talvez sorridente, mas só se solicitado
Pois estou ausente de compaixão e discernimento

Tenebroso inbriante!
o urro do animal ecoa numa caverna.
As gélidas mãos revelam um coração em chamas
Envenenado e apodrecido
Um ardente desprazer, desgosto em apenas observar
Deseja soltar as amarras e satisfazer seu desejo,
sua função.

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

O Muro

Quando arde em meu seio
A ira sagrada, ela cresce
Depois que o sopro animoso me contaminou
Minhas lamentações não caberiam neste muro
Rogo-lhe que não me importunes mais
Não sei quanto tempo ficarei aqui
Sozinho, murmurando minhas dores
 Meu fardo pesa
Devo sorrir e sorrir!(ironicamente o faço)
Enquanto o mundo em meus olhos queima
A doce fantasia angelical
De ver o mundo ardendo em chamas infernais.
Ser renovado pelo sol.
Agradáveis ilusões egóicas
Sempre desorientado neste campo de miragens
Enquanto o sol queima apenas minha pele
E minha alma ainda arde no inferno.

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

O descansar dos deuses

Lançando-se ao abismo como o tolo
Em busca de uma eterialidade inócua
Uma partícula da substância primeva
A mão criadora do universo dentro de cada pedaço
De carne morta e sangrenta disputada na boca de abutres e chacais
Toda a poluição e desintegração não natural
Uma impostura diante do sagrado sono dos deuses
Incomodando o santo, importunando Gaia
Causando inundações em todo o lugar
Enquanto os olhos do Senhor apenas olham
Com desprezo e escárnio.
Morte ceifada pelas suas próprias mãos,
um destino trágico traçado!
Em um livro antigo, mentiras deslavadas, antiqüíssimas...
Levam-nos a confirmações destas palavras
Através da mentira e vazio
De nossas existências

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Curiosidade de um empecilho.

Eu suponho que minha existência há
Vento de sobra para entreter-me
nesses devaneios sombrios

Há esperança o suficiente para que
num inverno não se morra de frio

Tenacidade o suficiente para quebrar
e querer concertar, e até
atravessar um rio

Há amor o suficiente para matar
sufocar, ressucitar e até
gerar um filho.

A esperança nasce verde
de uma espiga ainda verde
e torna-se amarela como o milho.

Triste é, porém quando a morte se achega
E como se enxerga nesse lado do mundo
Dá até calafrios

Se separa a alma do corpo fatia-se o espírito
Mata-se o sagrado e estupram-se as virgens
E isso não causa arrepios

Não mais! Há tanto desinteresse e apatia
O desanimo no sentido de descolorir as coisas
Mas ainda há esperança de num mundo melhor,
Algo que se tornou tão frio?

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Anamnésica Fenomenológica


Não é uma questão de culpa ou insanidade
A intensidade me invade
Assertividade me abandona
Os olhos do outro não podem me ver
Não vêem a neuroticidade de meu coração
Minha paz não há repouso
Minhas mãos escrevem
Dissertam sobre minha alma
Procurando um por que
Mas como?
Escrevendo, digitando...
Lembro-me de uma bazófia agora.
Dói-me o coração
Mas é responsabilidade minha? Só quero um ouvido gracioso para minha queixa
Um alento para meu peito
Uma cola para meu coração
Desperto de olhos fechados
Desesperado mas não está fora,
Não é solução o que busco
Mas compreensão me parece de melhor embalagem
Narração anamnésica fenomenológica
Isso acontece juntamente com aquilo
Igual medicina oriental.
Não falarei a ninguém não mostrarei a ninguém meus versos
Minhas dissertações, minhas auto-orações.