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quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Sol da meia-noite



Se sou conscientemente pessimista 
e deixo o otimismo brotar 
em símbolos de esperança do inconsciente
sou levado a tomar pelo entusiasmo 
apesar do aparente marasmo
apesar de sem saída, alí dentro surge vida
para que apesar do ceticismo presente, na mente
possa o persistente perseverante eclodir e compensar.
Tal qual o sol brilhar na meia-noite

segunda-feira, 10 de março de 2014

A Decadência

E se em minha psique
Meu gênio um mulherengo horrendo
decadente preso em suas presas
meu artista um reacionário imbecil
um caçador de raios
para que possa ver a potência das tempestades
nas hastes de cobre alocadas nas torres
dos altos prédios
minha musas são prostitutas que nada ganham
drogadas, viciadas no pó branco
andam como loucas
ou são dondocas feias e superficiais
que só querem meu mal.
E se minha psique num sonho se
revelar assim?
qual o estado de coisas eu me encontro?
se luto com meu gênio, mas de brincadeira,
como se estivesse no clube da luta,
facilmente o derroto
ele derrotado pelas mulheres e vinho e dirigia num gol bola
grafite
o violeiro, sacoleiro tocava apenas no escuro
suas belas e sinistras canções brasileiras
de um coração
amargurado e impiedoso
e as musas derrotadas pelo plástico e pelo pó
nada mais tem a dizer além de 
nada mais podemos supor que...
decadência.

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

A culpa

A culpa é a paga daquele que existe
E o que insiste na alegria quimérica
Resta apenas viver
O doce amargor de saber...
Saber?
Intenso e inegável
A excrescência da ignomínia
Exumados os corpos em dionísicos salmos
O tema é: não tema, não teima, não tem-na
Os que existem não vivem, morrem
Simplesmente morrem quotidianamente
Sem fulgores, apenas pálidos sorrisos
E cálidas mãos que embotam o próprio existir
Por fim, o que deve aquele que existe?
Na tolice do viver insistir
Não se sabe...
Então fica...
Não pode, simplesmente
A culpa engolir
Atenstado de sua escistência
O que lhe resta?
Desistir? Coexisir?

sábado, 1 de fevereiro de 2014

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Não sei
Não sei que roupa vestir, que teoria seguir
Não sei se devo ou me devem
Se me perco ou perdido estou
Não sei se me encontro, talvez me encontrem
Aqui... Dentro ...?
Não sei se terão que cavar ou submergir na água
Ou lava
Não sei se querem, se me querem
Não sei se os desejo aqui, isso também não sei
Não sei se deveria querer ou se querer eu deveria ao menos....querer
Não sei onde estou, não sei se estou
Não sei quem sou, nem sei se sou.
Cansado, não sei se estou...não sei se saber é o que quero saber ou não quero saber se sei...

sábado, 4 de janeiro de 2014

morte cotidiana

A palidez refere-se ao espirito contristado
Que me aprisionou em fantasmagorias
Se a lua guiei, sou teu sol
Fui tormento indigente
A pulsação me amaldiçoou
Tempestades de Sangue me cegam
A fúria  do desconhecido me toma
Me apossa a vitalidade oculta
Minhas preces no são ouvidas
Há um nada que preencha um celeste vazio
A vitoria das hostes malignas são certeiras
Como a inevitável morte de todos nós