Numa árvore
Neste dia celebramos o morrer
de criatura envelhecida e
carcomida pelo pecado e virtudes
salvação "delirante" em Atenas
Lá está escrito apenas espere o alvorecer
naquele momento está a verdade coabitada
nesta data presencia-se luxúria sagrada
de fecundos vales e picos deslumbrantes
O sacrossanto destino acumplicia-se
da namorada celeste
na morada terrena e plena de curvas
retas sem fim de planícies de entardecer
terra molhada eterna morada de ternuras
temperanças em prados de méis
féis aprazíveis em desprezíveis lábios
de ladinas a feiticeiras
ancoradas em encantos dúbios
não lhes prestarei mais culto!
o passado oculto e sepultado,
dali nasceu um broto
agora árvore frondosa em minha fronte
de fronte ao lago, um reflexo
a especular sobre minha existência
aprofundar-me na terra
para subir as alturas
em terra terna é eterna a divagação
em círculo e retorno e me vou
para além de mim mesmo
só pra me encontrar a Ti numa árvore