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quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Fogo no céu



Só se eu pusesse fogo em cada lembrança,
Em cada circuito cerebral
que me força a lembrar de tudo o que passamos.
Cada abraço cada aroma, cada sexo,
cada fragrância de flores penetradas
na luz solar dos seus olhos alegres de quando eu te tocava.
No teu sorriso que agora é morto, sem vida, sem expressão.
Ousadia minha considerar apenas por minha causa a sua destruição,
mas ainda colocaria fogo em cada rua em que passamos,
em cada paisagem que vimos, fogo em cada lembrança,
cada carta que me escrevestes e em cada sinapse.
Em cada cidade em que estivemos eu colocaria fogo,
para ser purificado para lavar e levar essa minha corrupção
esse meu desmembramento .
Atearia fogo a mim mesmo e esqueceria e
queimaria e viraria cinzas e seria esquecido,
mas não te esqueceria.

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